Sabe quando você se despede de alguém e promete revê-lo brevemente? Pois é. Fiz isso com as palavras. Elas que por tanto tempo me acompanharam, no intervalo entre aulas ou dores momentâneas, foram deixadas, esquecidas, como aquele livro na estante do quarto. Não que eu seja poetisa, mas por muito tempo escrever me trouxe muito prazer.
E cá estou eu, como aquele amigo que não vejo há muito tempo e constrangida por não saber como começar. Talvez eu tenha me afastado, por não querer escrever melancolicamente, sobre perdas, dores ou ansiedade. Ou talvez eu tenha me afastado,pelo simples fato de não ter tempo. Séculó XXI né? E a vida cada vez mais pedindo o máximo da gente.
Confesso que está sendo muito difícil este reencontro com as letras. Elas, compreensivelmente, não estão sendo exatamente calorosas. A falta de sincronia entre meu cérebro, meus dedos e as letras são conseqüência do meu longo afastamento. Mas enfim, a minha intenção é de avisa-las que voltei. E que me desculpem caso eu queira falar de algo não muito contagioso.
O que importa é que de uma maneira ou de outra, a nossa relação será como aqueles velhos amigos, que sempre combinam um chopp pra semana que vem,ficam ser se ver por tempos,mas mesmo assim se sentem extremamente íntimos.
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